Após um longo período sem postar em meu blog, estou tentando reiniciar esta atividade. Infelizmente, não pude escrever por algum tempo devido a problemas completamente alheios à minha vontade.
Nesta semana, recebi uma Newsletter da TAM Linhas Aéreas e através dela, tive contato com algumas ações sociais que estão sendo empreendidas no Brasil.
Fiz questão de transcrever a notícia aqui, devido ao seu alcance e importância:
Destaque
Fomos até o Vale do Catimbau para conhecer a primeira Cidade do Bem, fundada em prol das famílias do sertão de Pernambuco. Saiba mais sobre essa maravilhosa experiência.
Por Estela Cotes
A região do Vale do Catimbau, a 289 quilômetros de Recife, abriga um dos mais importantes parques nacionais do Brasil, com sítios arqueológicos cujas pinturas rupestres têm mais de 6 mil anos. Mas, além dos registros históricos preciosos, esse sertão concentra também pessoas vivendo em casas de taipa, sem água, comida ou qualquer condição básica de higiene para sobreviver.
No inverno, o lavrador Ivan Beserra da Silva cavava buracos no chão, colocava os filhos dentro e cobria-os até o pescoço com uma mistura de terra e folhas secas para protegê-los do frio. Isso era rotina até cinco anos atrás. Hoje, Ivan é pedreiro, está aprendendo a ler e escrever e comemora a quitação das últimas parcelas da moto hoje estacionada no quintal de casa — toda de alvenaria, aliás, com água encanada, chuveiro elétrico, móveis e eletrodomésticos, onde ele mora com a mulher e os cinco filhos. Sua casa fica na cidade-modelo que a ONG Amigos do Bem ergueu dentro de uma fazenda no Vale do Catimbau, da qual ele é o primeiro habitante.
Para conhecer o projeto da Cidade do Bem, acompanhamos numa viagem à região a juíza Tarcisa de Melo Silva Fernandes, voluntária desde 2001, e o empresário Marcio Ferretti, que está ali para conhecer o projeto como convidado. A recepção é calorosa — enquanto as crianças cantam e abraçam um a um, os adultos não esmorecem o sorriso de agradecimento.
“É gratificante ver como minha pequena contribuição ajuda a transformar a vida de um monte de gente”, diz Tarcisa. “Imaginava encontrar um projeto mais assistencialista, mas a palavra aqui é realmente transformação”, completa Ferretti.
Nessa Cidade do Bem, os moradores trabalham na plantação ou no beneficiamento do caju, na padaria que distribui pães pelas casas do projeto ou nas obras de mais casas; todos ganham salário. Já as mulheres fazem artesanato e doces — as cocadas e o doce de leite são saborosíssimos, vendidos na loja da Amigos do Bem (encomendas podem ser feitas pelo email artesanato@amigosdobem.com.br) — e todas as crianças vão para a escola. Médicos, dentistas e cabeleireiros voluntários se revezam no atendimento de todos.
Após fazerem seu trabalho na Cidade do Bem, Tarcisa, Marcio, Ivan e todos os membros da excursão sobem na carroceria do caminhão para distribuir cestas básicas e roupas para quem ainda vive do “lado de fora” da Cidade do Bem. Não é exagero dizer que esta é a parte mais dura da viagem. A cada vilarejo visitado, Tarcisa e Marcio se deparam com uma realidade assistida antes somente pela televisão.
“É chocante, mas conhecer estas famílias vivendo nestas condições só me dá mais coragem para seguir com minha contribuição. Passamos a dar valor a coisas simples do nosso cotidiano, como a água”, diz Tarcisa. Ao fim do dia, o resto do grupo já não consegue disfarçar o sentimento de exaustão, mas voltam todos para casa também transformados.
O trabalho já rende grandes frutos: neste ano, a Amigos do Bem inaugura na região seu primeiro Centro de Transformação, um complexo com salas de aulas, quadras esportivas e centro de informática para beneficiar crianças e adolescentes da região que atualmente dividem um único espaço de ensino.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
ALAS DA GENEROSIDADE
Roteiros inspiram quem quer aproveitar alguns dias de folga para trabalhar como voluntário num projeto de filantropia
Dispense todo o conforto físico e prepare-se para hospedagem em ambientes inóspitos, como em um barco no meio da Amazônia, com uma agenda repleta de atividades. A recompensa? Ajudar a mudar a realidade de milhares de pessoas no Brasil e no mundo que vivem em condições de pobreza ou miséria.
Apoio local
Beneficiando comunidades brasileiras a partir do turismo, o Projeto Bagagem (www.projetobagagem.org) atua desde 2001 oferecendo viagens de férias para destinos brasileiros como estratégia de geração de renda. Os roteiros pela Amazônia, Lençóis Maranhenses, Santa Catarina, Paraty e litoral do Ceará levam o visitante a um contato direto com os costumes das regiões. Os passeios pela Amazônia Ribeirinha, por exemplo, conduzem a uma trilha para conhecer ervas medicinais e o trabalho de artesãs.
Missão do bem
A Missão Aventura Solidária é promovida pela Assistência Médica Internacional — AMI (www.ami.org.pt), uma ONG portuguesa que atua no Senegal, Guiné-Bissau e Brasil. Toda viagem tem uma missão definida e dura em média dez dias. Os aventureiros-voluntários são convocados a ajudar na reforma de salas de aulas e na construção de centros de atendimento à saúde, por exemplo.
Intercâmbio social
A oportunidade de aprimorar um novo idioma fora do Brasil também pode ser aliada a uma ação de voluntariado. A Central de Intercâmbio Viagens — CI (www.ci.com.br) oferece três programas diferentes: na África do Sul, o roteiro é para participar de projetos de preservação da vida selvagem e do meio ambiente; no Peru, você pode conhecer suas paisagens exuberantes enquanto desenvolve atividades educacionais, esportivas, sociais e ambientais nas escolas, nos centros médicos e nas reservas ambientais de cidades como Lima, Cusco e Callao Ventanilla.
Olho no oriente
Especializada em roteiros pela Índia, Nepal, Tibet e Sri Lanka, a agência Destination Himalaya (www.destinationhimalaya.net) tem parcerias com instituições na região. É possível embarcar num navio-médico por dez dias e passar por pequenos vilarejos das ilhas Sunderban, na Índia, ensinando cuidados básicos de saúde à população, ou viajar por quatro escolas de Kerala, também na Índia, para conhecer o trabalho de ONGs locais.
Desenvolvimento mútuo
A Outward Bound (www.obb.org.br), uma ONG britânica que atua em 32 países, promove programas de desenvolvimento pessoal para estrangeiros, a partir de atividades de aventura, mas que envolvem a participação de trabalhos voluntários em comunidades da Serra da Mantiqueira (interior de São Paulo) ou na Serra do Cipó, em Belo Horizonte.
Notícia disponível em: http://www.tam.com.br/b2c/vgn/v/index.jsp?vgnextoid=8459c80e9d97d210VgnVCM1000009508020aRCRD
