terça-feira, 28 de setembro de 2010

O mal a evitar - opiniao - Estadao.com.br

 

- O Estado de S.Paulo

A acusação do presidente da República de que a Imprensa "se comporta como um partido político" é obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o mau hábito de perder a compostura quando é contrariado, tem também todo o direito de não estar gostando da cobertura que o Estado, como quase todos os órgãos de imprensa, tem dado à escandalosa deterioração moral do governo que preside. E muito menos lhe serão agradáveis as opiniões sobre esse assunto diariamente manifestadas nesta página editorial. Mas ele está enganado. Há uma enorme diferença entre "se comportar como um partido político" e tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores essenciais ao aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste país.

Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pelos méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e social pautado por valores éticos. O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o País.

Efetivamente, não bastasse o embuste do "nunca antes", agora o dono do PT passou a investir pesado na empulhação de que a Imprensa denuncia a corrupção que degrada seu governo por motivos partidários. O presidente Lula tem, como se vê, outro mau hábito: julgar os outros por si. Quem age em função de interesse partidário é quem se transformou de presidente de todos os brasileiros em chefe de uma facção que tanto mais sectária se torna quanto mais se apaixona pelo poder. É quem é o responsável pela invenção de uma candidata para representá-lo no pleito presidencial e, se eleita, segurar o lugar do chefão e garantir o bem-estar da companheirada. É sobre essa perspectiva tão grave e ameaçadora que os eleitores precisam refletir. O que estará em jogo, no dia 3 de outubro, não é apenas a continuidade de um projeto de crescimento econômico com a distribuição de dividendos sociais. Isso todos os candidatos prometem e têm condições de fazer. O que o eleitor decidirá de mais importante é se deixará a máquina do Estado nas mãos de quem trata o governo e o seu partido como se fossem uma coisa só, submetendo o interesse coletivo aos interesses de sua facção.

Não precisava ser assim. Luiz Inácio Lula da Silva está chegando ao final de seus dois mandatos com níveis de popularidade sem precedentes, alavancados por realizações das quais ele e todos os brasileiros podem se orgulhar, tanto no prosseguimento e aceleração da ingente tarefa - iniciada nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique - de promover o desenvolvimento econômico quanto na ampliação dos programas que têm permitido a incorporação de milhões de brasileiros a condições materiais de vida minimamente compatíveis com as exigências da dignidade humana. Sob esses aspectos o Brasil evoluiu e é hoje, sem sombra de dúvida, um país melhor. Mas essa é uma obra incompleta. Pior, uma construção que se desenvolveu paralelamente a tentativas quase sempre bem-sucedidas de desconstrução de um edifício institucional democrático historicamente frágil no Brasil, mas indispensável para a consolidação, em qualquer parte, de qualquer processo de desenvolvimento de que o homem seja sujeito e não mero objeto.

Se a política é a arte de aliar meios a fins, Lula e seu entorno primam pela escolha dos piores meios para atingir seu fim precípuo: manter-se no poder. Para isso vale tudo: alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência, mistificação e, inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia - a começar pelo Congresso. E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao desmando e à autoglorificação? Este é o "cara". Esta é a mentalidade que hipnotiza os brasileiros. Este é o grande mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: "Se ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que não eu?" Este é o mal a evitar.

O mal a evitar - opiniao - Estadao.com.br

Meu comentário: o último Editorial de domingo (26.09.10) do Jornal O Estado de S. Paulo (transcrito acima) tem o condão de demonstrar que um órgão de imprensa que tem a coragem de expressar sua opinião livremente é um exemplo a ser seguido por todos que realmente acreditam que o poder emana do povo. Todos aqueles que tentam aliciá-lo, como déspotas que realmente são, sucumbirão.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Eleições 2010 - Simulação de votação

  1º turno

Com a proximidade das eleições e devido à preocupação de me informar a respeito de algumas questões que normalmente não são divulgadas, acredito que as informações abaixo (advindas do site oficial do Tribunal Superior Eleitoral), podem ser úteis para muitos eleitores:

:: Como Votar

Usando o teclado da urna, que é similar ao do telefone, digite o número do candidato de sua preferência.

Na tela, aparecerão a foto, o número, o nome e a sigla do partido do candidato.

Se as informações estiverem corretas, aperte a tecla verde CONFIRMA.

A cada voto confirmado, a urna emitirá um rápido sinal sonoro.

Após o registro do voto para presidente, a urna emitirá um sinal sonoro mais intenso e prolongado e aparecerá na tela a palavra FIM.

:: Como corrigir o voto

Se não aparecerem na tela todas as informações sobre o candidato escolhido, aperte a tecla laranja CORRIGE e repita o procedimento anterior.

:: Como votar no partido (voto de legenda)

Caso você queira votar na legenda, digite o número do partido, que corresponde aos dois primeiros algarismos do número do candidato e confirme o seu voto apertando a tecla verde CONFIRMA.

O voto na legenda só será possível em relação aos cargos de deputado federal e deputado estadual/distrital.

:: Como votar em branco

Para votar em branco, aperte a tecla BRANCO.

Confirme o seu voto apertando a tecla verde CONFIRMA.

Cuidado! Seu voto poderá ser nulo se você digitar um número de candidato ou de partido inexistentes e depois apertar a tecla  verde CONFIRMA.

:: Simulação de votação na Urna Eletrônica

Após ter lido atenciosamente as instruções de como votar, faça uma simulação de votação na urna eletrônica.

Vote aqui (Eleição Nacional)

Vote aqui (Eleição no DF)

Vote aqui (Voto em Trânsito)

Vote aqui (Exterior)

Disponível em: Eleições 2010 - Simulação de votação

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Artigo de Diogo Mainardi

Em complementação aos comentários do artigo de Ferreira Gullar (abaixo), foi publicado artigo de Diogo Mainardi na Revista Veja:

http://veja.abril.com.br/blog/mainardi/na-revista/dilma-199-rousseff/

É imperdível.

Artigo do poeta Ferreira Gullar


Ainda estou impressionada com o artigo de Ferreira Gullar, publicado no jornal Folha de S. Paulo do dia 05.09.2010, cujo título é "Vamos errar de novo?".
Este artigo está disponível através dos seguintes blogs (entre outros):

http://sergyovitro.blogspot.com/2010/09/ferreira-gullar-vamos-errar-de-novo.html
http://angelodacia.blogspot.com/2010/09/vamos-errar-de-novo-ferreira-gullar-fsp.html
http://veja-brasil.blogspot.com/2010/09/ferreira-gullar-branda-vamos-errar-de.html

Pela quantidade de sites nos quais há referência desta publicação, já se pode ter uma boa ideia de sua repercussão.
O autor escreve com a maestria de quem conhece a história do PT e de Lula profundamente. Ele consegue expressar, em poucas palavras, a decepção que senti ao longo de todos estes anos por um dia ter até acreditado nas promessas de Lula e do PT.
Os acontecimentos que ocorreram e ainda estão ocorrendo após sua eleição e após seu partido ter ascendido ao poder demonstram a extensão da leucotomia efetuada na mente das pessoas mais simples deste País. Pelo simples fato de ter no poder alguém que se orgulha de não possuir educação (e assim menospreza todos aqueles que lutam por este ideal), uma grande parcela da população, à qual foi negado este direito por décadas, considera Lula como alguém em quem se espelhar, como se isto se transformasse em direito de igualdade...
Ferreira Gullar corrobora estes pensamentos ao afirmar que "ao chegar à Presidência da República, Lula adotou os programas contra os quais batalhara anos a fio."
É de suma relevância elencar o que fez o autor mudar sua opinião sobre o PT:
"negar-se a assinar a Constituição de 1988, opor-se ferozmente a todos os governos que se seguiram ao fim da ditadura - o de Sarney, o de Collor, o de Itamar, o de FHC. Os poucos petistas que votaram pela eleição de Tancredo foram punidos. Erundina, por ter aceito o convite de Itamar para integrar seu ministério, foi expulsa."
Pergunta-se: como um partido com este histórico ainda tem coragem de sequer pronunciar a palavra democracia?
A descrição do que o PT fez durante o governo FHC, efetuada por Ferreira Gullar, deixa claríssimo que, caso o PT tivesse assumido o poder anteriormente a FHC, o Brasil estaria no patamar dos países mais pobres do mundo atualmente.
O autor enaltece os predicados de José Serra, enumerando suas realizações ao longo de sua história como político e principalmente como ser humano. José Serra causa a impressão de, antes de sequer se auto-denominar político ou pertencente a qualquer partido, se auto-denomina ser humano, pela grandiosidade de suas realizações em prol da humanidade (cite-se como exemplo a repercussão internacional de todos os seus feitos enquanto Ministro da Saúde). A OMS repercute estes feitos (medicamentos genéricos, inovações no tratamento das pessoas portadoras do vírus da Aids) em todos os países nos quais os seres humanos sofrem devido a problemas com sua saúde.
Tenho rezado muito ao longo destes dias porque tenho fé que a vida pregressa dos principais candidatos à Presidência repercute junto a Deus. A justiça divina guia os caminhos da verdade!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Notícias STF :: STF - Supremo Tribunal Federal

Conforme comentário que fiz recentemente neste espaço, o STF divulgou a seguinte notícia em sua página oficial:

Notícias STF

Quinta-feira, 02 de setembro de 2010

STF confirma suspensão de dispositivos da Lei Eleitoral sobre o humor

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) referendaram, por maioria de votos, a liminar concedida pelo ministro Ayres Britto na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4451. Em sua decisão, tomada no último dia 26, o ministro suspendeu o inciso II do artigo 45 da Lei Eleitoral (Lei 9.504/97), e deu interpretação conforme à Constituição ao inciso III do mesmo artigo. Na tarde de hoje (2), os ministros concordaram em referendar a medida cautelar, suspendendo, tanto o inciso II quanto a parte final do inciso III do dispositivo.

E, ainda, por consequência lógico-jurídica - o chamado arrastamento -, os ministros decidiram suspender os parágrafos 4º e 5º, também do artigo 45, que conceituam montagem e trucagem, mencionados no inciso II.

A ação, proposta no Supremo pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), contesta os dispositivos da Lei Eleitoral que, segundo a entidade, impedem as emissoras de veicular programas que venham a degradar ou ridicularizar candidatos nos três meses que antecedem as eleições. E com isso, estariam impedindo manifestações de humor nas rádios e nas TVs.

A íntegra pode ser lida em:

http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=160528